“Demora acontecer, mas às vezes
algum vento - é o penso que seja-
que já voei em suas asas, na infância;
me faz uma agradável surpresa
e me leva àquelas memórias recônditas...
Eu despertei com som da música que a chuva
tocava na vidraça da janela.
Luzes negras piscavam, como antigamente,
no teto do céu e o vento tocava percussão.
Alguém cantava, mas eu não conseguia ouvir bem,
a voz vinha de longe...parecia ser a de um anjo,
mas em meio àquela chuva forte, já era madrugada,
não creio que houvesse algum anjo boêmio como eu gostaria de ser, disposto e fazer serenata para mim.
A música estava ótima, ao temperatura também, logo adormeci novamente.”
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