Uma malta de perdedores
Quando leio Bukowski,
imagino uma malta de perdedores:
os apostadores na iminência da ruína,
casais perto da histeria,
bêbados se desentendendo,
[vomitando nas ruas de Los Angeles.
Imagino também,
Todos aqueles que sonharam
e renunciaram para apenas existir:
pagadores de boletos,
frequentadores de engarrafamentos,
expectadores taciturnos da própria vida.
No grande esquema das coisas,
Não sobra muito além
Dos pequenos prazeres da mediania,
Da paz de espírito efêmera,
e dos sonhos de classe média.
Talvez eu seja dessa malta,
Talvez eu queira mesmo perder.
(Eder Kamitani)
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