No tempo da Carochinha

Uma Princesa sozinha

Esperava um Trovador

Que longe cansado vinha



E no rastro de emoções

Onde sempre passeava

Naquele bosque florido

Ouvia suaves canções

De seu Trovador querido



E assim a Princesa triste

Chorava lágrimas doces

Por sentir que existia

Um Trovador caminhante

Que em seu caminho errante

A procurava a cantar



E numa dessas noites claras

Da lua em seu pedestal

A Princesa com seus versos

O Trovador encantou:



Ouviu o canto da noite

Embalada nas estrelas

Onde a luz frágil da lua

Brilhava ao recebê-las



E Princesa e Trovador

A respirar poesia

Sentiram tanta energia

Que só na troca de olhar

Um sonho de luz emergia



E num beijo embriagados

Ficaram de luz inundados

Com a certeza profunda

D aquele amor conquistar



Seguiu viagem a Princesa

Mas deixou-lhe a alegria

De uma lembrança fugaz

Presente em sua poesia...



E no violão distante

Daquele Trovador errante

Ela ouvia como em sonho

Sua ilusão a vagar...



Separados mas presentes

Naquela distância sentida

A Princesa e o Trovador

Terão vida sempre unida



E os acordes do violão

Eternizados na poesia

De uma solene canção

Vibram em notas de magia