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Poesias-->Sexo a sós -- 12/06/2001 - 20:35 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu e quantos agentes,

Como a Terra, cheios,

Como a Lua, carentes,

Só Sol, raros anseios.



Ânsias simplórias, mas serenáveis.

No fundo, no fundo, sexo a sós.

No raso, as questões abomináveis,

Eventos seqüenciados, em nós.



Paupérrimas graças, desdéns.

Criar o possível útil é raro.

Erramos tal rato de armazéns.

Face à fartura, adeus faro.



E trocamos o gozo pelo gosto.

Mais vale o rabo da serpente,

Cujo chocalhar nos é imposto,

Que ser o Ser independente.





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