|        Natal O Natal é um menino arteiro. Fugiu da babá, driblou o porteiro. Já aqui na Terra a primeira arte foi pôr para dormir o tempo de guerra. A segunda arte foi pôr para correr as forças do mal, que nos fazem sofrer. Menino esperto tratou de entender o que Está a acontecer para nada dar certo. Olhou bem nos olhos daqueles homens de olhar sisudo, querendo à força resolver tudo. Nem precisou dar um jeito na situação. Eles mesmo já andavam a dar cabo do coração. Então o menino achou um tempinho para ir A um campinho. Parecia um menino maluquinho. Chutava a bola com jeito moleque e a danada até Parecia que os atravessava. E todos davam aquela risada. Riam por tudo e por nada. O menino arteiro resolveu então baixar o calção. A rir mais ainda, cada um tratou de ficar peladão. E riram com o nunca se riu. A bola rolava como nunca rolou. Cada um tirava um coelho da cartola Para agradar o dono da Bola. Muita gente foi chegando querendo saber o que é. É o Natal ensinando o que é viver a fé. Que riqueza para valer é um corpo menino, Um jeito moleque de ser. Saúde para dar e vender. Lita Moniz   |