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Poesias-->caçadora -- 10/06/2001 - 22:12 (maria da graça ferraz) |
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Eu me alimento de homens
" Homem no espeto, mal passado"
"Homem ao molho pardo, grelhado"
Gargântua!
Trago uma fome insaciável de homens
Sinto que meu corpo precisa desta proteína animal
Guardo homens no meu estômago - Canibal!
Alguns, regurgito...Não dá para engolir!
Nem como aperitivo, em palito, no abacaxi
A maioria passa pelos instestinos
sem sofrer absorção
porisso tenho uma compleição fina
Há vários tipos de carne entre os homens:
branca ou escura, fresca ou defumada,
macia ou dura
Há homens que tem espinha na carne
Outros possuem nervura
Portanto, meu juízo diz para optar pelo rodízio
De todos, escolho a carne dos cínicos
Você já comeu algum?
A carne é picante, exige anti-ácido,
mas é de paladar gratificante
Guardo-os em conserva, feito picles,
degusto-os sem pressa,
mastigo feito chiclete,
saboreando-os pouco a pouco.
Outra carne saborosa é a dos cépticos
Mas, atualmente, há tantos...
Isto estraga meu apetite
Estão em promoção em qualquer
supermercado de segunda mão
Sou nesta vida uma caçadora
de homens
Após fartar-me, cuspo o caroço com capricho
na primeira lata de lixo
Mas o que sempre desejei provar
é a carne do " homem diferente"
Rara - Quase inexistente!
Espécie em extinção diz a culinária
em todos os continentes
Alma consumida. Pecado da gula.
Continuo a caçar este " homem diferente"
Aquele que não se come, porque se
dissolve lentamente...
Aquele que sacia para sempre
na transparência e na consistência
Alimento do corpo
Sustento da alma
Fermento do espírito
Para sair envie um email para
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