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Poesias-->aqui estou -- 10/06/2001 - 21:58 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Onde estou

As mãos estão vazias de enganos

As bocas calaram-se no medo

Os olhos estão cheios de espanto

Não há mais serestas ou segredos

Vive-se às cegas

Vende-se a alma ao diabo

Dá-se pulo nas trevas

Aluga-se a mãe no fim da rua

Zé do burro não paga promessas.

Não há mais esperança em milagres.

Onde estou

Poucos escutam o sermão do amor

Os lírios do campo vestem Dior.

Onde passo

O corpo deixa-se conduzir na maré

Não há mais palavra de honra

ou laço de fé. Protege-se as costas.

Duela-se de ré.

Não há mais castelos no ar

As velas estão apagadas

Não há sonhos de olhos abertos

Nem beijo roubado

Ou abraço apertado

Onde passo

A colheita não é farta

o fruto é nanico

Existe a fome do pão-

Do pão que não é de trigo

Onde vivo

Há conhecimento sem sabedoria

Há um existir sem fantasia

A ciência não dá resposta.

Não há mais sono de paz

A religião não conforta.

Não há promessas ao luar.

Onde vivo

Lázaro exibe saúde em

sua pele, mas Lázaro permanece

Lázaro...

Existe a sede que não é da água.

Procura-se a fonte do pássaro -

o olho do riacho...

Aqui

Todos vivem resignados,

aguardando golpe de misericórdia.

Há prazeres sem satisfação.

Há uma invalidez permanente

na embriaguez da solidão.

Vende-se paixões sem amor,

diversão sem emoção

e fé sem fervor.

Romeu não procura sacadas

Não há mais Julietas.

Não há mais juras secretas.

Aqui

Todos fingem que estão felizes.

Fingem que possuem grandes

expectativas

Onde está o segredo ao ouvido,

as passaradas em alvorada?

Nada resta. Até mesmo um pequeno

mistério a ser desvendado.

Fernão Capelo Não deseja mais voar.

Fernão Capelo morreu.

Há poucos artistas a recriar.

Aqui

Fala-se no fim do mundo...

Fala-se em crises e carestia.

Por escrever,

chamam-me elemento perigoso,

inútil ou maluca...

Por crer...Por acreditar..

Por apostar...

Sou esta marginal,

cabeça à prêmio,

persona non grata no social...

Trago em mim

infelizmente

as marcas desafortunadas

do Tempo.

Mas aqui estou eu

mais uma vez - Meu Deus!





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