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Poesias-->mim tira! tira! -- 10/06/2001 - 21:27 (maria da graça ferraz) |
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Sou um ser movido
pelo espanto.
Repito: espanto!
Ou, se preferirem:
Dúvida Assombro.
Não canto. Não encanto.
Não conto.
A maior parte do que sou
não sei porque sou
ou como o sou.
Me estranho.Danação.
E aqui estou.
Escuridão!
Meu avesso é maior
que meu serzinho.
Sou uma bola de gás
inflada - miudinha
e cheia.
Cheia deste eu clandestino.
Cheia deste tudo
que avizinho.
Opino mas nada sei.
Acho mas nada penso.
Quanta chateação!
Vivo na ilusão
que chamam realidade.
Na ideologia
que dizem verdade.
Nas aparências que
chamam sociedade.
Nos signos da persuasão.
Nos gestos sem expressão.
No mundo sem interpretação.
Sou uma versão.
Versão de mim mesma.
Chego a esta conclusão.
Não! nada concluo.
Apenas acho. Evoluo.
Questão de comparação.
Simples analogia
Longe da sabedoria.
A minha razão é
diferente da RAZÃO-
pronta e acabada.
Meu eu supera definição.
Sou pequena diante de mim.
Assim, vivo neste
teatro de fantoches,
aguardando o fim -
A MORTE,
outra ilusão.
Após isto, serei.
Serei então.
Serei entinha
Serei ente.
Mais que gente!
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