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Poesias-->andorinho -- 10/06/2001 - 21:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Voltar? Mas como?

Se você nunca partiu?

Na pressa da despedida,

sua mala à revelia,

despejou coisas no caminho.

Foram-se ternos e

gravatas e camisas de linho,

mas ficou seu perfume.

Aonde quer que estivesse,

sentia seu cheiro.

Azzarro seu

Azar meu.

Bisbilhoteiro nariz

a lhe focinhar em

cada canto.

Voltar? Mas como?

Se você nunca partiu?

Na fuga desajeitada,

deixou escapar

tantas coisas pelas escadas.

Foram-se os beijos.

Ficou o gosto.

Qualquer coisa que

ingeria lembrava você.

Melado doce seu.

Gelado meu.

Intrometida boca a lhe

encontrar em toda comida,

em qualquer molho,

em qualquer miolo.

Voltar? Mas como?

Se você nunca partiu?

Na precipitada corrida,

caíram coisas benditas

na soleira da porta.

Fora-se a prosa,mas

restaram seus versos.

Tudo que ouvia era

métrico e soava tão perto.

Soneto seu.

Solidão minha.

Incorfomados ouvidos

a declamarem

sua presença doída.

Voltar? Mas como?

Se você nunca partiu?

O corpo se foi,

mas ficaram retratos.

Nas paredes, projetados.

Engolidos.Introjetados.

Rosto seu.

Desgosto meu.

Travessos olhos a

lhe buscarem no teto,

na fresta, no que resta.

Voltar?

Atormentado

pelo bandido " passado",

manipulado por caprichos,

dividido entre gostar de si

e gostar do mundo ingrato,

despachaste a mala vazia

numa estação fantasma,

e sua alma em fantasia

triste e pasma,

permanece escondida

atrás da figueirinha

da nossa rua a me

fazer companhia nas

noites sem lua.





























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