CONFIDÊNCIAS
Renato Ferraz
Entardecia.
O mar caminhava calmo. como um idoso.
Sereno e atraente.
O vento frio do inverno
Acariciava suavemente a minha pele.
Enquanto eu descontraído o admirava
E ao mesmo tempo absorto, pensava ...
Em pouco tempo surgiram os primeiros vestígios da noite.
O céu se apresentava limpo, apenas passava uma ou outra nuvem solitária.
Imaginava eu, por ali deve estar o Criador a observar a sua obra.
Ele, sim, nos vê toda hora e nos conhece bem.
As ondas do mar, no seu ritmo próprio, dançavam efusivamente.
Entre idas e voltas, transpiravam aquela espuma aromática. Parecia que balbuciavam sons que talvez só a natureza pudesse compreendê-las.
Eu caminhava pela praia sentindo a frieza da areia molhada em meus pés e em meu limiar contemplativo, tudo parecia um sonho.
Passavam, sempre é bom relembra-los, em minha mente, flashes de alguns momentos vividosi em Natal, mais precisamente em Ponta Negra, daqueles que marcam e jamais o esquecemos!
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