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Poesias-->UMA DAS TARDES DE BRASÍLIA -- 24/03/2000 - 11:09 (Marta Maria Lima Alves) |
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As horas passam len ta men te...
Ou serão os ponteiros do relógio, de todos
os relógios que caminham embriagados?
Ou sou eu que os vejo assim?
Ou sou eu que estou embriagada e os vejo assim?
As pessoas trafegam vagarosamente na avenida.
O que sentem essas pessoas?
O que pensam essas pessoas?
Por que será que elas não me percebem?
Sou eu acaso invisível aos olhos do mundo?
Sou eu acaso insignificante aos olhos do mundo?
Sou eu acaso um objeto a mais aos olhos do mundo?
Subo e desço os eixos e avenidas de Brasília
observo os tanseuntes, alguns já os conheço de
vista.
Por que será que eles não me cumprimentam?
Ou sou eu que não os cumprimento?
Observo, escuto e culpo os passantes.
Coloco-lhes defeitos, trejeitos, tiques...
Ou sou eu que tenho todos estes defeitos e
não os percebo em mim?
Sou... Não sei o que sou. Ou sei?
No momento o que sei é que estou para explodir de calor.
Uma névoa seca que cobre a cidade deixa uma
ardência em meus olhos e naridas.
Tudo é calor...
Lá fora as árvores estão imóveis.;
Os dias começam cedo, e as horas tardam.;
As pessoas ficam pesadas de tanta água que bebem,
E ficam indispostas, tontas, vagarosas
Enquanto desaperto o cinto e abro os últimos
botões da blusa,
E fico imaginando os gordos... |
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