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Poesias-->pop-cigana -- 03/06/2001 - 00:41 (maria da graça ferraz) |
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Sou esta cigana,
sem nome, e é
assim que me
chamam.
Simplesmente assim:
" Cigana. Ó cigana!"
Tenho o cabelo
mel dourado,tranças
com penas de avestruz.
No rosto, tatuada a foice
em círculo de meu povo
Andaluz. Meus olhos
são duas alcaparras,
amarradas à testa.
Meu corpo cheira azeite
e alcaçuz....
Uso um diadema
como coroa, e a
ametista sobre
o nariz - estranha
crista de unicórnio
a reluzir como um
cibório de prata, ou,
igual à tromba do
elefante - mão que
funga e carrega a pira
mais brilhante. Puro
chafariz de fogo!
Dádiva da vida...
No meu peito em
deleite, 22 pétalas
estão abertas como
enfeites do Amor
Perfeito - Flor de Lótus.
Meu baralho está aí
guardado : 22 pedaços de
azulejos, unidos pela
mão benfazeja...
O taro dadivoso
Botão virtuoso da
Rosa dos ventos e de
todos os tempos.
Grão em movimento.
Semente de moinho.
A girar eternamente
fortunas, misérias e
venturas desta grande
Odisséia chamada vida.
Portanto, por tantos
desenganos e desditas...
Sou sim - Uma cigana!
Um espanto! 22 arcanos!
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