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Poesias-->DELÍRIO DE PEIXE -- 01/04/2020 - 02:06 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Nada afeta,
o peixe Betta,
da cauda de leque.
Ele não  toca 
as  beiradas do  calcário
e nem  vê o  moleque,
que espeta os olhos
atrás dos limites do aquário.

O Betta  não sente dor ou tensão.
Daltônico, decerto,
não distingue  a própria cor,
vermelho coração.          

Mas o menino, enquanto  breve  observa o peixe,
atrás do vidro, delira
e pensa que o Betta para algo se presta.

“Ele quer se abrir como  pavão, mamãe!”.
“Ele vai tremular  para sempre seu  rabo de véu!”
“Ele é um super  peixe  em ação,
voa no céu
e luta mil guelras e   peripécias!”

O menino grita,
após  puxar para trás
a capa encarnada que trazia:
“Apresenta-se o Betta!”
“Eis o grande cação,
o  maior tubarão branco  que resta!”

Mesmo pequeno e vermelho,
o Betta é um tubarão branco.

O menino agora sabe porque nada afeta,
o peixe Betta.


DO LIVRO:"CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM"

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