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Poesias-->ser poeta -- 31/05/2001 - 00:31 (maria da graça ferraz) |
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" Quando o primeiro homem pisou
numa flor.; um outro,tomou para si
a dor da flor e enterrou sua
semente..Quando o primeiro
homem execrou a Deus e
tiranizou seus semelhantes.;
um outro abriu as correntes
e louvou aos céus. Da ação
do mal, nasceu a reação.
É a lei natural.Nasço desta interface.
É onde caminho como um ébrio
sonâmbulo.Sim! Eu sou poeta"
Sou poeta
porque distraio o populaço
enquanto vocês o enganam.
Sou um piedoso palhaço...
Sou poeta
porque falo em esperança e
anuncio os céus para o povaréu
enquanto vocês os tripudiam.
Sou um sábio vigarista,
dou-lhes versos de amor
ao invés do que pedem: comida.
Sim...dou-lhes o alento
da alma - único sustento-
que não o sabem para
meu tormento!
Sou poeta
porque alerto a minha gente
enquanto vocês a matam lentamente.
Sou a vivente que reproduz
a voz de DEUS misericordioso
em meio ao grandioso
cadafalso...Minha rima
marca ritmo dos passos
dos condenados.
Reproduzo o som esquecido
dos címbalos no ouvido de um
lugar chamado Paraíso Perdido.
Sou esta marginal
Um artista incompreendido
O perseguido jogral
Um filósofo perseguido
que anda com seu povo
o itinerário dolorido
Porque meu destino é sofrer
e não redimir...
Não sou um salvador
Sou um anunciador
Nenhum poeta
modifica a marcha ou a LEI
mas produz revoluções
e levanta as bandeiras
das tristes multidões.
Trago o grito reprimido
dos desassistidos,
do mar, dos pássaros,
de tudo que é sentido
e pensado e visto.
E sofro..Sofro
além de meu corpo...
" Anima mundi-retirae
pecatto del mundi"
rezo em sopros!
E nada posso fazer
exceto isto:
escrever
chamar
escrever
clamar
escrever
escrever
até o final-
até eu também morrer
de causas sobrenaturais
e renascer no último
verso - PAX
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