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| Poesias-->casa mal-assombrada -- 30/05/2001 - 23:57 (maria da graça ferraz) |
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Há uma dor parada
naquela casa
cheiro de água estagnada
som de passos na escada
Sua respiração abafada
é ventania fria
O coração da dor
tem batida de tambor
Tem pulso e pressão
da intensidade do trovão
Suas artérias são raios
que galopam escuridão
feito cavalos baios
A dor que mora
naquela casa
não vai embora...
É habitante invisível
feita de matéria imperceptível
Alimenta-se da tristeza
de todo o vilarejo
feito um anjo malfazejo...
A dor é a projeção
da desesperança e da aflição
que ronda a cidade
A inquilina chamada dor
aguarda seu único libertador:
um outro fantasma
esquecido e banido
chamado Amor-
o verdadeiro
senhorio redentor
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