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Poesias-->borbo-letras -- 30/05/2001 - 23:51 (maria da graça ferraz) |
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Crio borboletra
Tarefa difícil...
Intenso sacrifício
é vigiar este viveiro
Tenho ofício de porteiro
Abro o cio...
De início, são lagartas
peludas, cuja feiúra
me assusta! Aos poucos,
se enrolam num casulo
pálido, até que desperta
a crisálida ...
As tranformações do
incubo são gestadas
no coração oculto
da natureza - útero
de silenciosa beleza,
sequiosa e ávida de vida.
De repente, borboletras
estão finalizadas e voam.
Não dizem: Estamos bem,
muito obrigada!
Mal-educadas voam
para o papel...Nervosas
e imaturas, misturam-se,
criam versos e o poema
conclui-se...
As borboletras, então,
cumprida a missão,
perdem asas, e são
capturadas pelo
envoltório da escrita,
até serem lidas e
compreendidas e
cristalizadas em
novas crisálidas...
Criar é recriar...
É plagiar Deus com
amor - o verdadeiro
e único criador!
Borboletras...
Espoletas vazias
Tiro certeiro no peito
do escritor
Cartucheira do Universo
a rimar dor com amor!
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