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Poesias-->alguém esquisito -- 30/05/2001 - 23:45 (maria da graça ferraz) |
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prosa poética
Às vezes, percebo pessoas a me observarem como
se eu fosse uma espécime rara...bicho estranho.
Pois vou responder a todos estes anônimos
aterrorizados:
Atrás do meu grito, há um soluço.
Para cada resposta, existe um vacilo.
Abaixo do uniforme, estremeço e arrepio.
Guando tento ser durona, consigo apenas ser malcriada.
Se há conhecimentos, há também ignorância para as
novidades das vitrines.
A chamada "erudição" perde-se no meio da receita da torta
de morango.
As orelhas que escutam palestras, sacodem brincos de argolas.
A mão que bate na mesa traz unhas roídas.
Paralelo às preocupações com os resultados, há o medo da celulite.
A boca que profere palestras e sustenta a decisão, sempre acerta o contorno
do batom.
Para cada sucesso no mundo masculino, há a mulher amolando a ponta do salto alto como troféu.
O delineador dos olhos oferece imagem de perplexidade ao olhar de pretensa austeridade.
O andar firme escorrega em meias de nylon.
A pose do " não me toque" é interpretada como " chegue mais para cá".
Se não sou o arquétipo do que se entende por mulher, sou também o fracasso do que poderia ser um homem.
Penso que sou apenas uma virtuosa e esforçada Porra Louca
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