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Poesias-->arre maria cheia da graça -- 30/05/2001 - 23:44 (maria da graça ferraz) |
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Amanheço
Começo de mim
todos os dias
Ao som dos clarins
inicio o terço-alvorada
da estrada sem fim...
Entardeço
Término de mim
Ave Maria!
Apoplexia! Dia
finge a morte
por hemorragia
Sangue mestiço
mancha o céu
de fulgor castiço
Estremeço
Ao afirmar a vida
Ao negar a morte
Esses caminhos
que trilho sozinha
entregue à sorte
Arrefeço
Sou Eva-
Culpa e Sedução
Sou Maria-
Êxtase e aflição
Trago orientes
e ocidentes
na seqüência
de filhos
Descrevo trilhas
em caramanchão
Sou Testeira
mas cruzo o rubicão
Peço
o sol -caroço de fruta
no arrebol do corpo
maduro...
semente adormecida
a renovar a vida
Envelheço
Acompanho
o cortejo
de meu nascer e morrer
a cada instante
nesta caverna tão
distante da
verdadeira luz
Sou idosa pubescente
Sou feto ancião
Neste jogo da velha em
pontos de cruz
Sou uma prorrogação
A intersecção final
do cálice do Graal
Redenção em vertical !
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