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Poesias-->O HOMEM DE NEANDERTAL -- 01/12/2017 - 03:14 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 



O homem de Neandertal percebe no pôr do sol

o nexo entre o crepúsculo

e os seus pelos ruivos.

O homem de Neandertal repara então

que há rosas ao seu redor

e a cor das flores chega longe ao poente.

O Neandertal quase entende

a simetria do dia

e sente que algo mais sai do jardim:

uma delicadeza que se está no ocaso,

também está na beira do rio

e à frente do morro.

O Neandertal  não cessa a surpresa

e decide tocar a rosa

salvar o primeiro contato 

do seu puro acaso.

O Neandertal treme, roça a pétala

e a maciez carnosa da peça 

percorre o seu braço.

Mas aquilo não é carne -

pensa o Neandertal que, de súbito,  

rompe a pedra lascada

e supera sua pré-história rugosa.

Ele verdadeiramente ama agora uma mulher,

outra rosa na beira do rio.



DO LIVRO: ADVERSO E OUTROS MOMENTOS





 


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