Usina de Letras
Usina de Letras
212 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63682 )
Cartas ( 21372)
Contos (13316)
Cordel (10369)
Crônicas (22593)
Discursos (3253)
Ensaios - (10818)
Erótico (13604)
Frases (52134)
Humor (20224)
Infantil (5676)
Infanto Juvenil (5036)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141133)
Redação (3384)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1980)
Textos Religiosos/Sermões (6422)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->LIÇÕES TARDIAS -- 02/09/2017 - 01:51 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando esqueceram o morto,
eu sofri o acidente
e entendi o seu aviso:
a vida é um deboche,
uma encenação
que desvenda enigmas
buscando um efeito.
Algo como dizer
que a “Santa Inquisição”
poderia se chamar “Noturna”.

O finado  queria  concluir,
e forçava  ideias
que estavam acima
da incógnita dos  vivos:
o frio profundo é a compreensão,
de que não é somente do sol
os ocasos imperativos,
mas somente o sol esmaga as juras de amor,
(porque elas pregam o valor do tempo)
e esmaga também as juras do tempo,
o que explica frigidez dos dias.

O morto chegou a orientar:
Se a vida é o escuro que te puxa
e te confundes
porque então viver de um modo tenso?
A brevidade  socorre -
dizia o falecido
coroado pelo esquecimento.

Dois meses depois,
mesmo após um ataque de pânico,
eu permaneci vivo, sem questões,
no embate dos sonhos.
O morto, em meu exílio, calou-se.
Sinto a decepção.




 


DO LIVRO: "ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui