Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63161 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51651)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6349)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->NO SUPERMERCADO -- 01/08/2017 - 00:06 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


    



    



A mulher,  com a filha pequena no carrinho,

escolhe latas no supermercado,

quando passa pelo homem.

Foram anos de estudo

suspeitas e dúvidas,

para chegarem a presença súbita

de um olhar recíproco,

sem sequelas.

A mulher não percebe

o denso contato  que provou,

mas já está longe

de qualquer alcance;

está livre para seguir,

escolher o vinagre

que cortará o gosto da carne do jantar;

comprar a gilete do marido

que cortará a sua carne branca;

comer o doce no café

sem conhecer bem

a cria daquele contato visual;

chamam “laço oculto”.



O laço oculto do estímulo

alisa o bom senso da mulher,

sem se deixar notar

e prontamente se desfez em um transe 

que penetrou as compras.



O laço também se rompeu no homem. 

Havia nele a inocência funcional do brusco.



E mesmo assim,

carrinhos vazios lotavam os corredores.





Do meu livro:"ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"

 





 

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui