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Poesias-->aprendizado -- 23/05/2001 - 00:16 (maria da graça ferraz) |
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Quando fui para fora
Tafaréu trocou céu pela
terra antes da hora...
Porta na cara ! Nariz na rua!
Tive que ser forte na marra!
Aprender a manter compostura.
Aceitar o destino, o carma,
as vicissitudes. Ajeitar penteado.
Esticar junturas. Reter rebolado.
Gritar: Aleluia! Aleluia!
Aprendi sozinha a ler a aculta
caligrafia das linhas dos caminhos
que se abriam tortos,valdevinos,
enviesados, cheios de encruzilhadas
traiçoeiras. Fui alfabetizada
pulando buracos e ciladas...
Era tão menina ainda...De uma
pequenina mas valente estirpe
que encarava as esquinas,
e fugia de velocípede das
trilhas abandonadas
e das pedras dos estilingues-
escondidas pelas estradas...
Esta é a lição daqueles
que como eu perderam a casa!
Calcei a bota do mundo
com meias coloridas de guri...
Compreendi ser poeta, ou louca,
ou alguma espécie de bemtevi...
A prematura orfandade
e a triste indiferença
foram a fatalidade
que fizeram a fantasia me ter
como dileta companhia
Única opção dos abandonados
é rimar mágico comtrágico.;
trasnformar o desafeto
em poderoso narcótico...
Compreender o poder
do som. A cadência do verbo.
A essência para a libertação!
Fui incompreendida! Injuriada!
Perseguida! Sim, tantas vezes!
Hoje, sei que fui adotada
pelo sol e pela lua...Fui chocada!
Furei a casca com dedo mindinho-
e o vento-juiz de menores-
é meu padrinho!Meu lar é lá!
Está lá! Em algum lugar,
muito escondido.; em algum ninho...
A grande aventura da vida é
escolher ou ser escolhido,
Ser poeta é não decidir
e decidido está!
É doer doído!
É ferir ferido!
É fingir fingido!
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