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Poesias-->A Ponte do Diabo II -- 25/06/2017 - 18:31 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




              A Ponte do Diabo

           No alto da serra um lugar

         pensado pelo Deus amado.

         Para os filhos seus um reino

         Encantado.

 

        Seria assim aquele jardim

        Além do certo e do errado.

        Longe da dor, do pecado.

        Nas alturas plantado.

                                    

        O diabo com inveja  fez a

        Ponte da Mizarela para dar

        Passagem a todo o tipo de

        Mazela.

 

        O primeiro a passar foi o

        Triste fado, nas  profundezas

        das minas de carvão criado.

        Som lento, arrastado.



        Ecos das correntes do escravo.

        Som do lamento, do sofrimento.

        O único som que as cordas vocais

         da escravidão conseguiam articular.

 

         Achou no frio o maior aliado.

         Como  fio de navalha, cortava o corpo,

         o vento gelado.

         Povo sagrado cativo do diabo.

                                         

         Aquela gente raiana enrijecia para suportar

         O vento frio que vinha da Espanha.

         A alma encolhia, o coração petrificava,

         A mente invernava.

 

         Inverno, inferno a castigar com o frio

         De rachar todo o ser vivo que existia

         naquele lugar.

         O diabo chamou a dor, o pecado,

 

         A inveja, o ciúme, a insanidade.

         Todo o tipo de maldade.

         O povo  castigado  lutava contra

          o poder  do diabo.

 

          Xamanismo, paganismo, esconjuros

          Exorcismo  à mistura com cristianismo.

          Os padres e o povo rezador chamavam

          Por Nosso Senhor.

 

          Elegeram para patrono do lugar o

          Senhor da Piedade.

          O diabo recuou,  parou de infernizar .

          Esconde-se debaixo da ponte da Mizarela.

 

          Já pouco aparece.

          De vez em quando põe as garras de fora.

          Mas já não manda.

          Não tarda vai embora!

 

                                                              Lita Moniz

 

  


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