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Poesias-->solidões -- 22/05/2001 - 23:56 (maria da graça ferraz) |
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Trago várias solidões
Uma para cada dedo
de minha mão...
Solidão do mundo
Solidão de ti
Solidão de mim
A que mais dói
é a primeira.;
a que mais incomoda
é a segunda.;
a mais verdadeira
e a que me atola,
é a terceira...
A solidão do mundo
é remediável,
optativa
e monástica
É solidão de terra
do continente,
do bando de gente.
A solidão de ti
é imensurável,
aflitiva
e drástica
É solidão da terra
do conteúdo,
de ilha muda.
A solidão de mim
é substantiva,
profícua
e fantástica.
É solidão da ponte
entre o amar a um
e o amar aos montes.
A solidão de mim
multiplica:
solidão da carne,
solidão da alma e
solidão do espírito.
Solidão tem sufixo
aumentativo
porque é coletiva
Solidão não
consegue ser solidão,
sozinha!
Sou um tipo de ser
que pergunta...
Amo perguntas.
Não gosto de respostas.
Respostas
afundam pontes
e derrubam portas.
A grande ventura
do infortúnio
é se saciar com
a pergunta.
Uma boa pergunta
se basta,
uma grande dúvida é
melhor resposta
que uma pobre evidência...
Há na vida
algo a ser preenchido
e algo a ser perdido.
A grande jogada
é se mover
nas duas vias desta
estrada...
É beber na fonte
do horizonte
onde há o cruzado.
É crer com razão
e compreender com fé -
a intersecção
É criar uma
nova percepção.
Escrever é cruel.
Palavras acentuam
diferenças
entre terra e céu.
As grandes verdades
são sempre absurdos!
E nestes viadutos,
sou uma corrente
que corre a correnteza
e isto me faz sentido!
Isto me é razão...
No grande mundo
não há caminhos
nem consecuções.
Sou pontão
entre o que acho
que sou e...Não!
Não sou!
Nada acho!
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