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Poesias-->olho de catarata -- 22/05/2001 - 23:44 (maria da graça ferraz) |
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Olho de catarata
mdagraça ferraz
Desde criança,
sinto aversão aos pântanos -
Não se afunda pé. Não se molha mão.
águas cheias de âncoras!
Rios parados, doentes,
estagnados e egoístas...
Da cor mourisca,
lar dos mosquitos das febres,
da mata ardida,
de plantas carnívoras,
das víboras,
dos peixes de escamas
sombrejadas como
vidro embaçado...
Pântano é olho
com catarata...
fundo fosco
de garrafa!
Águas que não
deixam ver o fundo,
onde nadam imundos
jacarés gordos...
Água de sono fosco
em lusco-fusco
cheio de lodo
cheio de musgo
Pântano é noiva
de véu sujo - em luto
de hímen duro
que não se deixa violar
pelo sol ou pela lua...
Não gosto do indistinto,
do que me é escondido!
Não! Não gosto de brejo
do que não vejo
do que não provo
mas ainda assim o percebo
- aguda sensação!
e é... assim que escrevo
como lagartixa pressente
percevejo...
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