  	A Seca e a Corrupção
  	
  	
  	Como pode ser tão seco esse sertão?
  	Decerto é deserto,
  	Com o sol queimando tudo, sem direção...
  	E nada disso é ´& 39;certo& 39;,
  	O sertanejo sofrer tanto, sem solução!
  	
  	Oh..Meu Deus.. que triste sina...
  	A seca tudo extermina,
  	Dizimando a plantação,
  	A semente murcha e encolhe...
  	O gado não resiste... morre,
  	Viver...só o milagre pode!
  	
  	Enquanto a grana é desviada,
  	Com tanta obra inacabada,
  	Mais um ano sem colher nada,
  	Nessa triste terra queimada!
  	
  	(Carvalho Neto)
  	
  	O poema acima foi inspirado na vida difícil do nordestino, que luta para sobreviver, plantando em solo árido e seco, enquanto recursos públicos são desviados em obras inacabadas e sem sentido para a resolução dos problemas decorrentes da seca na região.
  	
  	Tem raízes, também, no belo texto de um grande amigo, de quem sou fã e a quem pedi licença poética para pegar "carona" na mensagem. E, na íntegra, posto abaixo o texto original de Eduardo Sousa da Silva.
  	
  	Ser tão
  	
  	Como pode ser tão seco
  	o sertão?
  	Desertão, decerto!
  	Mas não é certo
  	ser tão injustiçado.
  	
  	Obs: A imagem que dá sustentação à saga do Nordestino, retratada no poema, também, postado no Facebook, foi retirada do acervo do "Instituto Água Viva", disponibilizado na internet.
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