Usina de Letras
Usina de Letras
13 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63265 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51790)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141323)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6359)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->despassando -- 22/05/2001 - 23:20 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Despassando

mdagraça ferraz



Naquela tarde,

de céu azul...

A vida passou por mim -

atrevida e dengosa-

feito cablocha,

rebolando as ancas,

e quem canta seus

males espanta!

Trazia como bracelete

um arcoíris e ramalhete

de aromas em seu nariz

E passou o punguista,

apressado,atrevido,

de olho na carteira

do bolso alheio.

Passou o fofoqueiro

do beija-flor

contando lorotas do amor.

Passou Columbina

atrás de Pierô.

Passaram sirenes

e os sinos do campanário,

e o gato gordo

atrás do canário.

Passou o pedinte -

rosto triste-

a provar que o abandono

a tudo resiste.

Passou o cão magro

atrás da muxiba.

Passou a formiga

levando uma folha

com tédio.

Passou um velho

desconhecido e manco.

Passou a pandorga

picotando nuvens

como tesoura.

Passou a fuligem

de fumaça que

rima com "passa"

Alguém passou a mão

na mulher do vizinho.

Passou alguém gritando

baixinho...Passou o andar

devagarzinho das

marchas de protesto

e das greves...

Passou até o

anelzinho que tu me deste.

Passam as horas...

Dona Beltrana passa

a roupa.

Seu Cicrano passa

poucas e boas

com sua patroa.

Passou um rosto na

janela...

Passou uma sombra

na passarela...

Ai! Passa a fome-ela

está sempre prestes a

passar Ó homem!

Passam-se telegramas

Passam-se cheques

Passam a Fulana

e bandeiras e nações

e flâmulas e religiões..

A vida passa dos

limites..

E me passa a palavra

Sou esta escrava

do despassar,

reter instante,

prender flagantes...

O tempo me transpassa

o lombo com suas

esporas e eu não ligo!

Não dou bola!

Faço figa . Fico

na minha...

como passarinha-

sianinha na barra

da saia do

pensamento...

Meu contra-senso é

eternamente,

mesmo sem tempo,

no contra-tempo,

contemplar

passatempos...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui