LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->manhê -- 22/05/2001 - 01:47 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Ah,mãe!
Ah.......
Após o teu velório,
quando deixei teu
corpo querido,
sob a lápide fria,
a filha que voltou
para a casa vazia,
já não era a tua! ,
Não! Mãe - Tu jamais
me reconhecerias...
A moça que fui,
por tanto amor,
havia falecido,
e ali ficou contigo...
A moça que era,
e não o sabia,
nasceu dali - pelo
desafio...
A enfrentar a cruz
com a galhardia
dos que sabem
a luta da vida.;
dos que se fazem
com garra
e na marra
adultos antes da hora!
Ah,mãe
Quando foste embora...
Antes de partir
o último cordão
que nos unia .;
antes de eu sair
por aí sem rumo,
sem destino,
exceto a rua.;
no teu quarto,
em meio as
entranhas de pedra,
ao pé de tua cama,
posta em quatro,
soltei o grito
guardado e sofrido.;
" Manhêêêêêêê...
Saudades de você!
Mãe, por quê?
Por que,mamãe?"
E este grito abriu
o peito em estalido,
e na solidão sofrida,
fui parida orfã,
num beco sem saída.
No amor profundo-
Amor maior que
o mundo-
exconjurei a sorte,
lastimei tua morte,
e em meio
ao desespero,
alheia, em desvario,
eu me amei....
Me vi em meus
braços, chorei
mais uma vez!
E no cansaço da
dor...me amei!
Ri quando percebi
que me adotei...
e então cresci!
E,mãe,parti e voei
e venci neste mundo
sem eira ou beira ou fim.
Mãe, terias orgulho
de mim...
Estás com Deus!
Adeus,mãe!
Yahoo! Groups
|
|