Penumbra, invado-me,
turbilhão de medos e vontades esquecidas,
comichão.
Perco-me no eu onde sou,
tão pouco eu,
ou seria este o eu que por tão longo tempo escondi.
Desespero em ver-me,
Ou ver-te,
Já não mais sei,
Ao ver em espelhos caídos em areia escaldante,
De memórias de tantos semblantes.
Pairo em meio a vontades reprimidas,
Sinto-me em ti,
Vejo-te em mim.
Esqueço de quem sou,
E pensou que ti sou eu,
Delírio em momentos soturnos.
E em minha constante evasão,
Corto meus pulsos,
Banhando as já não mais tão escaldantes,
Areias de nosso amor.
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