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Poesias-->Paola nº 3 -- 19/05/2001 - 15:29 (Magno Antonio Correia de Mello) |
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Paola não é um retrato na parede
nem um calo no meu pé.
Paola não é uma esperança infinita
nem o mendigo que me persegue desde os seis anos
com um pedido de esmola estúpido.
Paola não é a força das massas
não os altos índices de inflação
nem a memória de Carlitos.
Paola não é isso que restou de mim:
um zumbi, um trapo.
Não é uma alvorada
nem mesmo um crepúsculo.
Paola não tem rosto
não tem seios
não tem órgãos genitais
não tem nada.
Paola, coitada, é só um nome.
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