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Poesias-->TRANSMUTAÇÃO -- 30/03/2000 - 15:49 (sidney pires) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TRANSMUTAÇÃO



( A coisa mais maravilhosa do progresso é que ele promove mudanças)





Paira o fim deste século



Sobre a cabeça de todos nós



E um misto de ledo orgulho



Ufanismo e até vaidade



Vem embargar minha voz:







“Onde estás tu, um mil e novecentos,



Que não mais te reconheço



Onde os teus barbarismos,



Fracassos e grandes tropeços,



De século ainda em começo?





Depois de ti, um mil e novecentos,



O mundo já aprovou mil reformas



O mapa-múndi se fez progredir



E o G-8 fez plásticas no nariz,



Só pra aparentar reforma





A Educação subiu dez tentos



A Medicina dominou o sexo



A Ciência atestou o imanente



E o saber soube-se tão infinito



Que Heródoto morreu de complexo





Perplexo de tanto progresso



Transpirando neste mundo vário



Mas por quê demoraste tanto



Final deste ano dois mil



Início da Era de Aquário?”





E enquanto eu fico assim extasiado



Abobalhado inteiramente



Alguém saindo do não-sei-onde



Descarregando colchas e frangalhos



Vem deitar-se bem à minha frente





E meus olhos declinando



Do espaço onde só volitava



De volta a este mundo terreno



Percebem sugir um hotel enorme



Onde antes só calçada havia





E em meio a essa gente estirando-se



Nas entranhas da cidade,



Agora hotel calçada-leito,



Me dou conta que apenas ciência



Não produz humanidade





E enquanto vou na tangente



Em fuga deste proscênio



Novo pensamento, em mim, vem nascendo:



“Por quê tu chegaste tão cedo



Final do segundo milênio?”





“Se em plena Era de Aquário



E deste progresso tão



Vário,



Os peixes ainda morrem



De sede”

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