Usina de Letras
Usina de Letras
17 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63301 )
Cartas ( 21350)
Contos (13303)
Cordel (10362)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10704)
Erótico (13595)
Frases (51830)
Humor (20190)
Infantil (5622)
Infanto Juvenil (4961)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141339)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1967)
Textos Religiosos/Sermões (6366)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->RESÍDUOS SÓLIDOS -- 16/09/2015 - 00:18 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando José tinha sete anos, 
tinha medo de ser lixeiro quando crescesse;
lixeiros não eram astronautas,
(embora caminhassem sobre entulhos);
lixeiros apareciam demais,
e seus uniformes borravam tudo;
lixeiros carregavam um mau cheiro
que significava
uma compactação do  lixo
à disposição de todos,  
de José que via lixeiros semanalmente,
e trazia o bagaço de uma timidez,  
que  poderia envolve-lo em algum aterro.

José  infelizmente cresceu,
seu medo foi inútil,
ele se tornou um gari,
embora com alvos diferentes;
coletou a  própria vida,
mal ensacada;
catou tudo que lhe foi parte
e esteve à frente como ruína
(seu casamento 
que se findou como um caco,
saudades não recicláveis 
e outras sujidades pertinentes).
Rejeitou tudo   
para responder no final:
“Eu pude me descartar completamente.
Ah, pelo menos limpo e varrido
- ainda que nulo e oculto -
no âmago”.

DO LIVRO:"A CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM"
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui