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Poesias-->Soldado das Estrelas -- 21/03/2000 - 15:44 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dobro a consciência,

Mas não perco o ritmo.

Aposto nos vendavais

E me banho nas correntezas



Sem por elas ter razão

Sem por mim - nem de dengo.



E agora sei porque me contavam histórias:



Era para esquecê-las!





Agora sei porque meu avô

Arruava às sete com chapéu

De abas largas.





Era para esquecê-lo!



Sei disso sem me contarem,

Se me contarem digo que não,

E choro,mas digo que não!



Mas não me contam mais.



Sei agora porque alguns eram enterrados

Sem lhes falar o sobrenome,

só de preto coturno!



Sei agora porque toda dor

Tem um nome,endereço

E um guarda-chaves de ouro.



Bem sei, agora.



Mas o o que fiz

Já o fizeram!



Sei agora porque

Às vezes o sol não surgia,



Sei agora que por vez, a lua,

Tal qual imagem invisível



Sobrevoava, mas

Fingia que estava lá.

Befazeja e feliz.

Sementes e brotos

rodopiantes!





E o que fiz

Já por bem o fizeram!



Sei da dor de todos,

Contam-me da luz de todos:

Essa tal luz que só

estrelas entendem!



Fulano tem dengo,outro

Por certo,mulherengo,

Se achava por tras das sobras.



Sei agora,

De coisas que não entendia.



Me preocupo bem em

Guardá-las no pé

Da cama.

Lá onde moram os amigos

Que foram

E os que não chegam.



Sou entendedor de tudo.

Mas não entendo nem de vela e caixão,

Disso passo longe.



Dana em mim,

Mordida de cobra,

Cama mal-feita,

E café com cheiro de mato.



Disso eu entendo,

Mas de vela e caixão,

Não senhor...não senhor!



De mulher até me aconchego

bem juntinho na soleira

da cozinha.



Mas de vela

e caixão.

Benevides! Me deixa longe!



Disso passo longe

Passo por passar e

com medo de gigantes

Porque gigante mesmo, nem mesmo,

Não passa lá.



Passo longe de mulher

Bonita ou feia,dá cadeia!





E do forró,

da vela e do caixão!

Disto passo longe.



E gritam de lá:

Ô!...ô... Josés alcoviteiro!



Já viu a morte

Dançar bolero?



Mas,

Disso passo longe

Por formação e

Por medo.



Do caixão passo

Longe

Porque não entendo!

Disso não entendo.



E que me seja fadado:

Que um dia renasça estrela

E que seja meu dever,

De soldado e de rei,



Tomar conta do

Meu medo!

Mas do caixão passo longe.



E que digam lá de cima:

Vai homem, chegou

A hora de seu passo.



Vai tomar conta de sua sombra!



Que um dia,

Que um dia, dia que me valha,

Deuses e espíritos,

Longe de mim minha sombra,

Minha vela e meu caixão!



Disto passo longe,

Mas que agora importa?

Virei estrela alcoviteira,



Tudo, tudo,

Por um diabo de louco

Amor!

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