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| Poesias-->Ordem Interior -- 21/03/2000 - 14:08 (José Ernesto Kappel) |
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A ordem interior
é feita de pequenos soleiros
que abatem nosso coração.
No vai-e-vém
de alma alma
você fica sendo soldo dos
outeiros e das queimadas.
Mas, sou forte e calcificado
Tomo álcool todo dia -
material indolor -
que aduz almas fracas.
Sou forte e arrochado:
Tomo soldaduras
e tônicos bens juvenis.
Sou angustioso e perolado
por argamassa de cimento
por pontes de três traves.
Sou bondoso e iluminado
feito casca-dura que cerca
os mutos e os pedreiros
Mas nem por isso
nem por um minuto sequer
deixei de chorar
quando lá pelas tantas
soube eu,
fardado de bom, e risonho
Que os pingos d água
que fazem o passar dos anos
tinha feito de Maria
uma tarifa para as estrelas.
E hoje recebi mas
notícias:
meu cão piguela morreu,
meu gato senzala sumira,
meu padastro me surrou,
-deu três voltas e lancetou
uma vara verde sem nome –
nas costas juvenis.
Mas agora
Minha ordem interior se foi.
fizeram as malas de Maria
e mandaram ela
pra bem longe desta
angustiosa ordem interior:
Cujo primeiro nome é hê
E o segundo é she !
Mas de alcunha Mon Sherir !
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