LEGENDAS |
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Poesias-->do carcere ao patíbulo -- 26/12/2013 - 23:07 (maria da graça ferraz) |
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Eu olhava em volta
a paisagem desolada
Corpos sobre corpos
amontoados, misturados,
uns no chão,
outros na maca
Marionetes esquecidos
e desmembrados,
lançados fora
da grande arca
A parede sem reboco,
expunha o esqueleto de tijolos
como um sacófago aberto
recheio de charque e de osso
Corpos sobre corpos,
um dentro do outro,
e tudo socado
e espremido
e empurrado
dentro do meu peito
A médica andava em círculos
como uma condenada
contando os passos
do cárcere ao patíbulo
e do patíbulo ao cárcere
E a poeta não tinha espaço
PARA CAMINHAR
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