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Poesias-->é ele que me veste -- 26/12/2013 - 23:03 (maria da graça ferraz) |
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" A Medicina está morta" -
a multidão ensandecida
pregou o aviso à minha porta
Portanto, o que me resta agora
é desalojar a casa,
ensaiar despedidas, antes de ir embora
E o que faço com ele?
Com o jaleco?
Guardá-lo? Colocar entre as dobras
sachês de erva-cidreira,
jasmins e amora?
E depois cantar até que adormeça?
O meu jaleco!
Este "pouco de branco"
que nas paisagens vermelhas
cria a ilusão de um espaço
aberto, livre,
escadinha contra incendio
" A medicina está morta!"
A multidão gritou lá fora
Ouvi os tiros, as pedradas,
o barulho das botas
É hora de salvar o meu jaleco
Protegê-lo como um cálice sagrado
Livrá-lo da insanidade humana
Devolvê-lo puro ao mundo alto
Pensando bem...
Nada disto será preciso
Ele é eterno. Eu ,não.
Não sou eu que o visto
...
É ele quem me veste
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