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Poesias-->todo dia -- 26/12/2013 - 21:45 (maria da graça ferraz) |
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Todo dia
de volta do trabalho
no caminho para casa
eu a via
A casinha espremida
pobre barata torta
com uma única janela
e uma única porta
Da janelinha
andar de cima
uma suave cortina
branca escorria
como a ponta
de um véu
da noiva- menina
E o asfalto abaixo,
negro terno,
era o prometido
que a recebia,
com seus 3 olhos
amarelo-verde-vermelho,
voz de buzina
e o "sim" como apito comprido
Todo dia
de volta do trabalho
caminho para casa
a poeta aparecia
A casinha cai-não-cai
dois andares
pintada de cal
parecia uma nuvem murcha
de tão irreal
com direito até
à sombra material:
O guarda chuva
estendido
do negro asfalto
Todo dia
de volta ao trabalho
a doida poeta
entabulava prosa
com coisa que não presta
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