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Poesias-->tatuagem -- 26/12/2013 - 21:43 (maria da graça ferraz) |
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Ela fora anunciada
pelos clarins das sirenes
e luzes escarlates
do branco furgão
Adentrou a sala de urgencia
inconsciente
levada na maca
como a rainha de Plutão
Despenteada, cabelos secos,
maltratados, tingidos de vermelhos,
pontas como espinhos,
abriam-se por todos os lados
Hálito azedo. Cetônico
Lembrava o mar após a ressaca
com seus tesouros desenterrados
e peixes mortos
Rosto pálido. Azulado.
Olhos fechados.
Tão Irreal.
Como uma estátua
feita de pedra,
ainda incompleta,
aguardando o último golpe
do martelo
No tornozelo esquerdo
a tatuagem :
Uma pequena borboleta
asas fechadas
em pouso
quieta
A médica?
Tratava,a coitada, do casulo
A poeta?
Cuidava da borboleta
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