PROSTITUÍDA
(Jairo Nunes Bezerra)
Tu que definhada vegetas pela rua,
Mendigando o pão de cada dia,
Sentes que a beleza em ti ainda atua,
Embora com a cognominação de vadia!
Atuante, já fostes bela e atraente,
Ostentavas um corpo vibrante e sensual...
Eras a realização de muita gente,
Liberando prazer carnal!
O teu sucesso, tal o tempo, passou,
E compartilhando com a solidão pra ti apenas restou,
O desprezo social!
As lágrimas que circulam nos teus olhos,
Dardejam o jardim liberando espinhos de abrolhos,
Vivificador que amplia o teu final!
|