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Poesias-->Dói-me ver-te -- 14/06/2013 - 18:41 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:143769017304564500
Dói-me ver-te











Dói-me ver-te com a alma entalhada



Entre as efêmeras teias da mentira



A natureza espiritual estraçalhada



Tal sombra perdida, que não se retira







Conquanto a dardejares impropérios



Blasfemando imprecações duvidosas



- Não te trarão alívio, ou refrigério



Enquanto tuas obras não forem virtuosas







Dói-me ver-te no ancoradouro do destino



Qual barco sem forças de singrar o mar



Que fica atracado no cais e sem tino







E que de lá não sai, nunca, nunca mais.



Esquecendo que seu destino é navegar.



Não quero mais ver-te, ancorada nesse cais !











Porangaba, 14/06/2013



Armando A. C. Garcia







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