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Poesias-->A EMBRIAGUEZ DA VERDADE -- 30/03/2013 - 20:42 (Benedito Generoso da Costa) |
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A EMBRIAGUEZ DA VERDADE
Eu bebo e não sei por que
Só sei que bebo para estar bem
Acho que é para estar bem que bebo
Porque sem beber não estou bem
Mas sei que beber não faz bem
Só que a bebida muito me alegra,
Então eu sei bem porque bebo.
Quem bebe não sabe o que faz
Isso eu sei porque já bebi demais
E errei até o rumo de casa
Cheguei aonde não queria
E aonde queria chegar não cheguei
A não ser no outro dia
Com uma tremenda ressaca.
Chequei sem ser recebido
Ao meu esquecido lar
De onde eu tinha saído
De manhã pra trabalhar
E à tarde voltava bêbado
Trazendo todo o enredo
Dos companheiros do bar.
Bebum eu voltei para o lar
Porque quem sai vai e vem
Volta de longe do além
Sem saber donde vem e vai
Retorna ao mesmo lugar
Pra beijar da mãe e do pai
As suas mãos num tremular.
Cansado de perguntar
D’onde viemos e a onde vamos
Resolvi me embriagar
Para encontrar a verdade
Pois Baudelaire já dizia
Que há muita filosofia
Numa garrafa de vinho.
Eu me embriago de verdade
Querendo saber de tudo
Sabendo que não se pode
Saber mais que o sobretudo
Que cobre as costas da mentira
E ofusca a estrada longa
Da verdade sempre buscada.
Todo o especular do mundo
Contribui para o progresso,
A ciência vai sempre avante
É a evolução sem retrocesso
Faz a floresta verde e florida
Numa ceia de irmãos que termina
Com mais uma taça de vinho.
BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benegcosta@hotmail.com
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