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Poesias-->Asas que perdemos no fogo -- 13/01/2013 - 18:21 ( Andre Luis Aquino) |
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Não sou alado
Como anjo
Porque não sou santo
Quando ajo
Mas quando nasci
Deus também
Me deu asas
Pra voar por aí
E era só fechar os olhos
Que num instante eu estava
Tocando as nuvens do céu
Brincando de ser passarinho
Ou de abelhas que fazem o mel
Porém em algum ponto
Da minha vida
Eu tomei a decisão errada
Foi então
Que minha asa esquerda
Foi queimada
Pelo fogo dos meus erros
Dessa longa jornada
Mas ainda havia me restado
A outra asa
E por isso pude mais uma vez
Voltar voando pra casa
E cada ano que passou
Uma pena da asa direita
Caiu no chão perfeita
Até o dia que não restou
Mais nenhuma pluma
Sem asas eu passei
A ser uma pessoa normal
Seguindo na mesma direção de todos
E sendo guiado pelo bem e pelo mal
Acontece que numa noite escura
Adormecido depois da rotina dura
Sonhei que podia novamente voar
Que era capaz novamente de me mover
Flutuando sobre o mar
E quando acordei no quarto de casa
Notei que nas minhas costas
Haviam nascido novamente
Uma branca asa
Era a asa esquerda
Que tinha sido queimada
E ao sentar pra escrever esse poema
Fui sentindo brotar pena por pena
As plumas da asa direta
Por isso logo depois
Do ponto final desse verso
Novamente eu saí voando
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