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Poesias-->SEM RUMO -- 29/04/2001 - 10:37 (Gabriel de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao acaso,

procuro um rumo ...

A noite cai.

Casas são apenas

silhuetas negras,

perfilando-se ao longe.

Chuva miúda,

impertinente,

ensopando-me a roupa,

em breve os ossos.

Finalmente, um café ...

Entro.

Rolos de fumo

e vozes, muitas vozes,

ruídos de chávenas

e conversas banais.

Saio.

A chuva cai sempre,

salpica, enlameia ...

Continuo a vaguear,

procurando um rumo,

sem o encontrar.

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