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| Poesias-->Por que eu sigo tentando? -- 21/11/2012 - 01:20 (E.L. Kamitani) |
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Por que eu sigo tentando?
Eu sigo tentando
Seu rumo meu rumo
Eu sigo tentando suas estrelas
Sigo tentando o emaranhado de notas
Sigo tentando seu trigo e suas ervas daninhas
Respirando o ar escasso da sua montanha
Sigo tentando a curva e o compasso
Sigo tentando a mentira e a cobiça
Sigo tentando a mortal beleza ferida
E palpitante em seu cimento litúrgico
Sigo tentando sua pressa seus miasmas
Sigo tentando sua poesia fétida de harpa
Sigo tentando, minha musa,
Seus risos de escárnio, suas mãos em meus copos
Sigo tentando suas cordas e sua pele
Sigo tentando refratar o brilho de outrora em meu peito
Sigo tentando sua boca em armadilha
Sigo tentando os tropéis que desfilam em suas veias
E sigo porque parar é deixar a morte ao alcance
Porque parar é deixar o universo menor que um pote
Porque parar é congelar o rio salgado numa lágrima
Porque parar é pintar no seu asfalto de marte uma sentença
De olhos esbugalhados
Repetindo
Repetindo sua mensagem
Noite adentro
Em bordéis e suaves antros
Porque parar não me dá a chance
De estender as mãos para o seiu vórtice
Não me permite cruzar suas linhas não me rende
A única chance zebrada que tu podes me oferecer
Na noite vazia de estrelas e salmos.
Antes que me pergunte
O porquê de eu tentar
Sabendo me mortal
Sabendo a chance de 1 em 1 milhão
Sabendo que o inimigo me cerca
E eu nada sei a respeito´
Eu dou uma chance de empatia
Eu sigo tentando
Porque na medida que a escuridão avança
Só meus passos céleres abrem a cortina
Em que a musa e os castelos e os ouros sábios
Caem em meu colo, pousando sua força distraída.
(Eder Kamitani) |
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