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Poesias-->med 338 -- 19/12/2011 - 10:29 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A mulher negra

vestida de preto

estava deitada

na última maca

do canto adumbrado



Sua pele suava e reluzia

como se tivesse sido untada

com azeite de oliva



Era o lampião do dia:

Ardente. Aceso. Vivo.



Como eu precisava

deste lampião!



Ah , se ele pudesse des-iluminar

o falso brilho

que nesta terra nunca termina

e nos arrasta



Ah, se ele pudesse dar

um contorno nítido

às coisas fúteis e ligeiras

que se misturam e se sobrepõem

como labirintos de areia



Ah, lampião, ilumina

o que profundamente dói,

exponha a raiz e o nervo

e tudo que não vejo



Eu preciso me curar desta catarata!

Do meu olho inexato e duro

Entrega-me, lampião, a compreensão

límpida, abaixo das alvuras

Levanta a barra destes óculos

de cetim que emolduram a visão



Des-ilumina , negra

Ilumina este dia!

Dá-lhe a sombra fresca

e verdadeira



A ilusão ofusca!

Regula a entrada desta luz

fria que deslumbra

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