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Poesias-->mistico 74 -- 19/12/2011 - 10:28 (maria da graça ferraz) |
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Será que ele
nascera dela?
" A bola"
A bola era a cara dele
Alegre. Jocosa.
Fugia. Enganava.
Quicava.Soltava.
Recusáva-se à posse,
à obediência e à servidão
A bola
O compasso do vento
Dobrava reta
Desenhava abóboda
Tangenciava
Ia dividindo espaços
na matemática
da onda e da espiral
" Caía. Perdía-se.
Redimía-se. Ascendia"
Como qualquer mortal
E ia que ia
Ioiô do pé
Livre pipa
Iaiá!
E seguia o menino
empurrando a bola
para a frente
no destino humano
que segue adiante
Ele e a bola
Vistos ao longe,
recortados pelo entardecer,
era o UM -
DESESPERADO
e solitário-
a correr
atrás do ZERO
Porque o ZERO,
entendam,
é este espelho mal amado
UM SACO ESCURO
de fundo cego
DE onde caem todos os números
O começo e o fim de tudo!
E no escuro, muito escuro,
lugar que o menino sequer adivinhava,
dentro das femininas tubas,
chutada por invisíveis musculos,
corria silenciosamente uma mórula
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