Usina de Letras
Usina de Letras
33 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51783)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->filo 27 -- 19/12/2011 - 10:20 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ouço-te

E como é longo teu discurso!

Interminável

Quase um sussurro



Ouço-te

E como parecem compridas

tuas palavras

Soletradas

Lançadas aos punhados

como se tu ditasses

uma lição

para aluno pouco esforçado



Ouço-te

como uma testemunha

convocada às pressas

Ouço-te

como um intrusa

que adentrou a festa

pela porta dos fundos



Ouço-te

Pela interrupção brusca

Estes abismos

Estes muros

E tu,

ao fim de cada frase,

voz grave, abrupta,

perguntas-me :

" Estás me entendendo?"

E eu nada respondo

porque sei que tu conversas

é contigo mesmo



Ouço-te

pelo que nunca dizes

pelas tuas pausas difíceis

Estas cicatrizes!



Ouço-te

como um espelho dócil

aceita qualquer monólogo

E nunca sei quando tu começas

o falatório

ou quando o acabas!



Ouço-te

como tua própria cara-

estupificada , mesquinha,

boca em Ó-

ao fazeres tua barba,

como quem cata

restos de fios e espinhos



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui