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Poesias-->POL SOCIAL 066 -- 18/12/2011 - 21:32 (maria da graça ferraz) |
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Todas as palavras
do mundo chamam-me
porque sabem o quão compadecido
é o meu coração
Todas as palavras, saibas,
desejam apenas um amigo
Nenhuma palavra quer ser sozinha
E o poeta é bom! É bom!
Dá-lhes, então, uma rima,
um som irmão
para dançarem afinadas
no mesmo diapasão
Estás ouvindo ?
Ouça!
É a sinfonia desarticulada das ruas loucas
Mistura dos barulhos das máquinas,
dos metais e das borrachas
com despretensiosas palavras,
suspiros, lamentos, gritos
Tudo isto, diariamente, caminha
para o meu peito
e aí se aninha
sem receio
como signos puros
destituídos de conceitos
Sou feita de sons
"selvagens"
Sons que aguardam a tensão
de uma corda
para se dissolverem em imagens
Todo ruído-
áspero e indistindo-
procura o oco do violino
Se tu me tocares
com tua mão em arco,
desperto-me do sono
e despejo versos
Porque tudo
no mundo
quer
pulsar
amar
tremer
re-significar
Tudo sonha ser anjo
COR DE AÇUCENA
mesmo que possua
uma asa APENAS
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