LEGENDAS |
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Poesias-->FILO 386 -- 18/12/2011 - 21:22 (maria da graça ferraz) |
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A cidade monstruosa à sua frente
com seu esqueleto de granito e de aço
Os barulhos de ferro nos seus dentes
a triturarem cada palavra e cada passo
A cidade monstro obscuro, de tristes presságios
tingida de sombras e de noite
onde a multidão vaga solitária
até chegar a derradeira hora
de brincarem de ser pássaros
A cidade monstro. Cruel. Desumana.
De apetite voraz - que engole
meninos e meninas em suas entranhas
E nunca descansa. E nunca dorme.
E o amor, veloz motociclista,
insensato, sem capacete, cachecol azul,
a correr nas ruas, desafiando sinais,
virando sempre à esquina imprevista,
a mais de cem por hora,
na cidade mosntruosa
E eu nada digo, apenas aponto
uma ave nua
desenhada no espaço
imóvel da lua
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