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Poesias-->MEDICO 163 -- 18/12/2011 - 21:20 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O filho morreu!

Ó Deus!

O filho morreu!



E ela- rosto seco -

sentia dor no peito

em pontada e profunda

como algo preso



A mama inchada-

chaga viva-

estava em febre

tensa

cheia

das lavas de um vulcão em fúria

A teta túrgida era o olho

duro do carnegão



Ela precisava "vazar"

Não lágrimas

Ela precisa "espremer"

O leite



Precisava dar um sentido

ao seu sofrimento

Fazer do seu pranto

um alimento
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